quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Poema [Cazuza]

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Deja vu


Estranho lembrar de você.
A alma parece estar com uma ferida
Profunda...
Sangrando.

A mente turva...
Raios, faíscas muito incandescentes,
Mas era estranho.

Por um instante,
Recordando suas palavras,
Aquele cheiro veio novamente.
Não pude compreender.

Aquele perfume suave
Novamente surgia...
Como da ultima vez que nos aproximamos.
Acho que foi o mesmo que certa vez pudeste sentir.

Era como se um vidro de perfume
Tivesse lavado minhas mãos.
Uma fragrância que me trazia paz.

Em meio a todos aqueles pensamentos
Que só me deixavam cada vez mais triste,
Por um instante eu me desliguei.
Aquele cheiro me levou de volta a dias atrás.

sábado, 15 de agosto de 2009

Frenesi



Hoje lembrei de você
Mas desta vez não com tristeza
Era algo diferente.

Senti uma energia
Envolvente...
Uma energia boa,
Que poucas vezes pude perceber.

Quando a mata me tomava
E as folhas eram tocadas pelo vento,
Me senti como num estado de ebulição.

Senti minha energia se misturar
Com toda aquela beleza que me contagiava
Senti minha força
Com toda intensidade.

Brotos de luz...
Minhas mãos liberavam uma energia forte
Que poucos poderíam compreender.

Ainda que maravilhoso
Faltava algo.
Faltava sentir aquela energia
Que até hoje ainda não consegui nomear
Algo que faz me sentir sinestésica.

No nascimento de uma estrela
Uma explosão cósmica ocorre,
Numa ligação entre dois átomos
Uma força de atração realmente potente os une.

Foi assim...
Senti cada ponto do meu corpo
Entrar num bloom energético.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tocando em Frente [Sérgio Reis]

Composição: Almir Sater e Renato Teixeira


Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei..

Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha ir tocando em frente
como um velho boiadeiro
levando a boiada eu vou tocando os dias
pela longa estrada eu vou, estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
e ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
e ser feliz

Sutilmente [Skank]

Composição: Samuel Rosa / Nando Reis

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti (x2)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti