quarta-feira, 22 de julho de 2009

(20/07/09)

Seus olhos estão secos.
As gotas que dele brotavam
Estão retidas,
Suas palpebras travadas.

Seu coração
Que antes era bomba pulsante ,
Agora é máquina parada no galpão abandonado.

Seu corpo parece ter perdido a sensibilidade.
Aquele toque suave,
Aquele cheiro,
Todo sabor...
Tudo está trancado
Num baú de tristesa.

Seu pensamento sempre rico,
Inebriante...
Desejante...
Se tornou um viagante solitário
Que vaga pelo deserto.

Tudo que antes era porção de um desejo,
De um sonho de longa data,
Agora são apenas páginas de um livro inacabado.

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