Tudo agora está destruído, devastado
Pela força das águas que por ali passaram.
Mas a velha árvore ainda permanece.
As folhas da velha árvore foram levadas
Pelas águas revoltas do rio,
E mesmo que machucada,
A velha árvore sabe que
Ele teria que fazer esse percurso
Que era necessário.
Agora, ela aguarda até que as águas se acalmem.
Ela espera...
Espera para que o rio encontre novas curvas,
Novas formas de se conduzir.
Espera que suas próprias marcas cicatrizem logo.
A chuva que veio
Misturou-se com a terra
E suas gotas foram sendo absorvidas
Lentamente...
E ela foi tomada pelo silêncio, pela escuridão,
Pelo calor torturante do solo
Que um dia foi fértil,
Mas que não foi aproveitado.
A chuva percorre seu caminho.
Toda gota que cai na terra
Um dia encontra um manto cristalino,
Bem lá no fundo,
Que uma hora chegará até o velho rio.
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